domingo, 30 de novembro de 2014

Não sei se ria ou se chore!

Desde que a vida me pregou rasteiras, os meus amigos procuram-me para fazer os mais variados desabafos procurando conforto em situações que, por vezes, estão completamente fora da minha "esfera de compreensão".
Devido a isso, já fui a fiel "depositária" de variadíssimas confissões. Umas mais escabrosas que outras... mas todas capazes de me surpreender, seja pelo seu conteúdo seja pela pessoa em questão.

Há relativamente pouco tempo fui contactada por uma velha amiga. Daquelas que ficam para todo o sempre mesmo que não estejam presentes em todos os instantes.
Disse-me que queria falar comigo com urgência, que achava que eu era a pessoa que a podia ajudar.
Confesso que não gostei apenas porque sabia o que viria por aí...

Há uns dias encontramo-nos para a tal conversa. Na meia hora em que ela falou e não disse nada, confesso que tudo me passou pela cabeça.
O namorado tinha arranjado uma amante, ela tinha arranjado um amante, ela tinha descoberto que o namorado era gay, ela tinha percebido que era lésbica, eles tinha decidido ser swingers para apimentar a relação e agora a situação não lhe agradava, etc., etc.
De certeza que me faltou equacionar algum cenário mas acreditem que a minha imaginação foi fértil naqueles 30 minutos.

Até que finalmente ela conseguiu confessar o que a atormenta. Encontra-se emocionalmente envolvida com uma terceira pessoa e não sabe o que fazer. Quer contar ao namorado mas não consegue porque tem uma vida construída. Mas ao mesmo tempo sente-se mal porque sente que está a traí-lo.

Ela sabe que eu vivi precisamente o contrário e por isso me procurou. Contei-lhe com mais pormenores o que se passou comigo, o que senti na altura e o que sinto que poderia ter amenizado o meu sofrimento. Também lhe disse que não acho que o sofrimento teria sido menor... apenas acho que o processo de luto não teria sido tão doloroso.

Curiosamente não fui capaz de lhe dizer "CONTA-LHE" com todas as letras... apesar de ser isso que eu, ainda hoje, advogo.
Tentei fazê-la ver que ela tem mais a perder do que a ganhar. Tentei que ela percebesse que o que lhe está a acontecer pode apenas ser um sintoma e que ela tem de procurar respostas dentro dela mesma em vez de as procurar em terceiros. Fi-la prometer que irá cortar com todo o contacto com essa pessoa.

Não sei se fui bem sucedida, se agora ela vai passar a não dizer-me toda a verdade apenas para eu deixar de a chatear. Mas a verdade verdadinha é que a quero feliz... seja qual for a decisão que ela tome!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Acabadinho de ler:

"Quando a vida lhe apresenta a pessoa certa, você não sabe, você sente."

Não sei o que pensar desta frase.

Eu senti que tinha conhecido a pessoa certa há muitos anos atrás e isso não impediu que essa pessoa me desiludisse da pior forma possível! Da única forma em que era impossível voltar atrás.

Hoje não sei nem sinto. Hoje vivo um dia de cada vez e "apenas" espero nunca mais ser desiludida da mesma forma.
Hoje gosto da pessoa que está ao meu lado mas não vivo obcecada em saber se ele é a pessoa certa. Provavelmente não é!
Porque temos objectivos de vida completamente diferentes, porque estamos em alturas da vida completamente distintas (apesar de sermos da mesma idade), porque discutimos feitos cães (mas a verdade é que depressa fazemos as pazes).

Quantas vezes não olho para ele e acho que "isto" não vai acabar bem... que vai haver um ponto de ruptura em que simplesmente nos vamos fartar.
Provavelmente no mesmo número de vezes acho que até temos potencial para estarmos juntos, que bastará limarmos algumas arestas para nos adaptarmos já que o essencial está lá.

Por isso, neste momento não sinto... mas sendo que já senti e estive profundamente enganada, isso não me aborrece por aí além!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Se tu soubesses....

Quem acalmou a merda que fizeste foi o gajo com quem fui jantar.
Sem te conhecer, acabou por dizer as palavras certas para descrever o que tinhas acabado de fazer.

O problema? É que concordo com ele... e até devia ficar feliz por essa característica ser facilmente detectável em ti. Mas a verdade é que assim vou passar o tempo a magoar-me. Contigo e com todos os gajos com quem me relacionar.